SOL Figueiredo

Campos dos Goytacazes - RJ

Poeta, artista plástica e ativista cultural. Grande Embaixadora da Divine Acadèmie Française des Arts, Lettres et Culture. Presidente da Academia de Letras do Brasil Seccional Campos dos Goytacazes. Acadêmica Imortal na FEBACLA; no CONINTER, na Academia de Letras do Brasil/ Seccional Suíça; Embaixadora no Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires e de Portugal, Embaixadora na Academia de Valparaíso e Membro Correspondente nas Academias de Letras de Fortaleza e de Marataízes. Conselheira Acadêmica no Clube dos Escritores de Piracicaba, na Associação Internacional Literarte e na Associação Poemas à Flor da Pele de Porto Alegre. Artilheira da Cultura – Forte de Copacabana e Museu Histórico do Exército Brasileiro.

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VOAR NO AR... UM BRINDE À POESIA

Vou libertar um pássaro de mim...

Abrir as asas, voar na poesia...

Seguir o doce som da melodia,

Correr aos céus, num voo sem ter fim...

Sou alma solta... Ao tom do bandolim,

Dançando ao vento, ao Sol do meio dia,

Com calma, eu voo sem rumo, utopia:

Um anjo vindo a mim, um Querubim!

Quisera ter em mim tal alegria:

Uma quimera ou tola fantasia...

Viver um sonho ideal, voar no ar...

Então fazer Um Brinde à Poesia!

Cantar, cantar...cantar em plena harmonia

Meu infinito amor, por tanto amar!

AMAR O AMOR TOTAL

Eu quero amar, amar tão loucamente,

Amar mais do que amar, mais que acredito...

Sentir profundamente o amor bonito,

Quão só na eternidade a gente sente...

Do amado, a imagem que não sai da mente,

Ah, amar!... Amar é voar ao infinito,

Buscando encontrar um amor bendito!

Se entregar, um ao outro, perdidamente!...

É aprender a viver um amor,

Amor que se deseja ser total,

O qual nunca se encontrará igual...

Ao olhar nos olhos, vem o tal calor,

Arrepiando o corpo, um furacão!

O extravasar, em profunda paixão!...

A VIDA EM VERSOS

Um verso se anuncia e determina

O quanto que se perde num instante

Viver me importa de agora em diante,

E quero esquecer a tal dura sina!...

O amor o quanto tente e me fascina,

Num novo voo, o rumo deslumbrante,

Porém nem felicidade garante,

Matando os sonhos de tola menina!...

Meu canto sem querer já predestina

que a vida noutro verso desafina,

E joga meu destino sempre em vão!...

Meu sonho, meu segredo vão ao léu...

A vida atroz, nenhum lugar no céu!

Envolta em tramas dessa solidão!...

DESATINOS

São tantos descaminhos que vivemos,

São ruas, são vielas sem destinos...

São sonhos em favelas; mais meninos

Perdidos nas desgraças, bem sabemos!...

Sim, por vezes fingimos que esquecemos:

Verdades santas, sonhos cristalinos,

Maldades tantas, tantos assassinos!

Vontades na garganta? Até bebemos...

Que tal vomitar o mal engolido?

Um grito de dor por dentro contido,

Tão fugaz que nos traz desejo vão!...

Por um sorriso falso recebido,

Por aquele sapão já engolido!...

Quão desatinos pra um só coração!

A ESPERANÇA AFLORA

O sofrimento tão atroz, diário...

Imprime a dor na face, sem sentido,

Do inimigo vão, pudor perdido

Transforma totalmente este cenário!...

O coração segue assim solitário,

Dum duro caminhar que não duvido,

No vértice de tal passo doído,

Destino cada vez mais temerário!...

Na máscara, a felicidade vã!

Desventuras da mente nada sã...

A cada manhã, a esperança aflora!...

A vontade de ser feliz agora,

A toda hora, buscando o amanhã

A anunciar a vinda da alma irmã!...

MIL FOLHAS DE OUTONO

Por quando em meu castelo a ti componho,

Tu és o único rei neste meu trono!

Amor doce e fiel, que te proponho...

Felicidade é lei; já tem um dono!

Carinhos, beijos, desejos,... Um sonho...

De ter-te novamente... Então entono

Um canto de amor, ora tão risonho,

Ou ora triste; folhas deste outono...

E quero ter a alegria tua em mim!

És raiar do meu dia; paz sem fim...

Este amor infinito em meu viver...

Tu és a eterna joia, linda e tão rara,

A minha luz do amanhã, lua clara...

Os dias mais sobejos, renascer!